A agência anglo-canadense Reuters ganhou dois prêmios Pulitzer, ambos por reportagens realizadas na Ásia, segundo o resultado divulgado nesta segunda-feira (16/4) na Universidade Columbia, em Nova York.
A agência venceu nas categorias Fotografia, pela cobertura de imagens da crise dos refugiados ruaingás (em inglês, Rohingya) na Birmânia, e Jornalismo Internacional, pela série de matérias sobre a guerra às drogas promovidas pelo presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, que já matou mais de 4 mil pessoas desde 2016.
A série foi apurada pelos repórteres Clare Baldwin, Andrew Marshall e Manuel Mogato, dos bureaux da Reuters em Manila e Hong Kong.
Outra agência, a estadunidense Associated Press, foi finalista na mesma categoria com uma série sobre a derrota do grupo terrorista Daesh (Estado Islâmico) em Mossul, no Iraque, no final de 2017.
O fotojornalista Kevin Frayer, que trabalhou como frila para a agência Getty, também foi indicado na categoria de Fotografia com trabalho sobre o mesmo tema dos refugiados ruaingás.

Pela primeira vez, o comitê do Prêmio Pulitzer concedeu o galardão a um músico não-erudito nem de jazz por um álbum: o rapper Kendrick Lamar venceu o prêmio por seu disco “Damn”.
No ano passado, a rede McClatchy (que já teve uma agência própria) e o Consórcio Internacional de Jornalismo Investigativo venceram o prêmio pela apuração dos Panamá Papers, escândalo de lavagem de dinheiro envolvendo políticos e celebridades de expressão mundial.
O Prêmio Pulitzer foi criado em 1917 a partir da herança de Joseph Pulitzer (1847-1911), magnata da imprensa estadunidense, nascido na Hungria e conhecido como prócer do sensacionalismo e do jornalismo marrom (em inglês, “yellow journalism”).
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